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Bem ti vi

Para você, Letícia, meu Bem-te-vi".
Viste, hoje, o passarinho na janela?
Tão frágil, tão pequeno, tão delicada fera.
Parece procurar-te, de primavera, em primavera. Até pousar cansado, noutra janela.
Ouviste-lhe, acaso, o canto de saudade? Também eu te procuro minha bela.
Encontro-te no meu peito, fiz-te um ninho, aconcheguei-te no meu altar.
É que aquele passarinho na janela lembrou-me o dia que há muito já perdi.
Bem me quiseste, e tanto bem te quis...
Quiseste mais, eu sei, compreendi. Tu frágil, doce, bela...
Lembro-me de ti. Esquecer-te, meu amor, seria como me esquecer de mim.
É que aquele último dia cerrou-te os olhos delicadamente, e entre beijos eu te vi partir...
Voaste!... Voaste firme e decididamente.
De volta para dentro de mim,
E eu... Fiquei aqui, a lembrar-te de ti, a sonhar contigo, esperando o dia em que poderei te ter aqui, em meus braços para abraçar-te, beijar-te, beijar-te, beijar-te..
Te espero até depois do fim.

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Todos os dias ela vive em mim, mas datas invade-me!
Dia 05/04 ela nasceu, eu me permito sentir todas dores, mas acima de tudo "Gratidão"
Dia 15/10 ela foi para o céu, e eu sou revolta, questionamentos, mais ainda sou amor!
Maio mês das mães, das flores, do meu nascimento e nesse mês, ela é ainda mais minha!
Dia 25/12 é natal, dia em que faço meus pedidos, de misericórdia, compreensão e força!

quinta-feira, 25 de dezembro de 2014

No meio desta escuridão eu ainda sou a luz!

...Seus sorrisos eram contagiantes , o riso cheio de uma profunda alegria, mal podiam acreditar em toda a beleza que estava diante dos seus olhos. Foram preenchidos com tanta paz que não sabiam o que dizer, nem se lembraram de nada ruim que teria os acontecido em qualquer outro lugar. Nesse instante uma menina arrecém chegada perguntou "- Onde estamos?", tão tranquila como um passarinho. "- Isso é o céu.", declarou um pequeno menino "- Nós vamos passar o Natal na casa de Deus."Quando estavam tentando entender e lembrar como foram parar lá, o que seus olhos viram era uma figura envolta em uma luz muito brilhante e transmitindo uma paz enorme: era Jesus, nosso Salvador, as crianças logo o reconheceram e reuniram-se ao redor Dele. Jesus olhou para os pequenos e sorriu, e eles sorriram de volta. Então Jesus abriu seus braços e os chamava pelo nome. Esse momento foi de intensa alegria, uma que só o céu pode trazer às crianças, cada um deles correu para os braços de seu Rei. Quando todos estavam aconchegados no calor do seu abraço, uma pequena menina virou e olhou para o rosto de Jesus e como se Ele pudesse ler todas as perguntas que ela tinha para fazer-lhe, Jesus sussurrou suavemente para ela...
"- Eu vou cuidar de sua mamãe e de seu papai."
Após dizer essas palavras Jesus olhou para baixo, na Terra, e viu toda a tristeza, toda a inconformidade e a dor nos pais dessas crianças, fechou os olhos e estendeu a sua mão, dizendo:
- Deixe meu poder e presença novamente agir nessa terra, que por hoje toda a dor e saudade sejam abafados pelo amor que tenho por vocês e que vocês tem por cada anjo lindo que está em minha presença.. cada mãe e cada pai sentiram-se invadidos por uma onda de ternura que tinha sabor de eternidade, uma beleza sem par.
e então em seguida, Ele e os nossos filhos levantaram-se e Jesus disse"Vinde, pois, meus filhos, vou mostrar lhes."A emoção encheu o espaço, alguns saltado e alguns correndo. Todos exibindo um entusiasmo que apenas uma criança pequena tem, então cada criança pode observar seus pais tomados por uma paz como a algum tempo não viam, esse foi o presente de Natal que cada anjinho deu aos pais, eles em pensamento agradeceram a Jesus, e ouviu-se Ele proclamar:
"Em meio a essa escuridão, eu ainda sou a luz."
Se uniram e foram para um lugar ainda mais belo e festivo para comemorar.

escrito por Tatiana Oliveira baseado no poema de camafeu Smith de Mt. Wolf, PA.

quarta-feira, 15 de outubro de 2014

Sobre o amor que vira luz

Meu amor, você parte, Abro espaços para que você ande na alma, conte sobre meus dias difíceis, abraços curtos, adeuses repentinos, vozes que aquietam, Aprendo na dor o sentido do amor, sobre o colo que não espera o amanhã, a vida interrompida enquanto almoçamos, o celular emudecido no meio da noite, Meu amor, você vira luz, me guia, clareia o sentido de amar, hoje, agora, sem esperas...

(Teresa Gouvea)

terça-feira, 13 de maio de 2014

Definições sobre a morte de um filho

“Há palavras como viúvo ou viúva que designam aquele ou aquela que sobrevive ao seu cônjuge; e há palavras como órfão para nomear a perda precoce de um dos genitores. Mas para quem sobreviveu a um filho, não existe denominação alguma”. Em todas as pessoas que vivenciaram a perda de um filho - não importa a idade dele ou em que condições tenha ocorrido - o fato se caracteriza pela complexidade e grande sofrimento causado nos pais sobreviventes. Este tipo de perda é considerado avassalador, origem da desunião e até da destruição do vínculo matrimonial, inclusive familiar. Muitos especialistas têm discorrido sobre a perda, do ponto de vista psicológico; quanto às suas implicações, advindas da morte de um filho, estão longe de ser suficientemente tratadas. Imagino que isso se deva à angústia resultante de uma abordagem tão difícil, pois é de se esperar que os filhos sobrevivam naturalmente aos pais; no entanto, raramente se considera a possibilidade de acontecer o contrário. A morte de um filho produz uma abrupta ruptura na realidade das pessoas e daquilo que “deveria ser”, tratando-se da “continuidade geracional”. Quando ocorre a morte de um filho, a vida é de súbito destroçada, porque não “deveria ser assim”. Não se pode aceitar ter sido pai de um filho e de repente deixar de ser pai desse filho. O progenitor sobrevivente se dá conta de que o filho morreu mesmo, pois já não está mais presente, mas na realidade dói tanto, e custa tal esforço aceitar esta realidade, que ele passa a resistir como pode, acreditando, por mais um lapso de tempo, que seu filho não morreu ainda, e passando a valer-se da negação, a fim de sentir que o filho continua com vida. Geralmente, ao cabo de muita luta interior, chega-se a admitir o fato, embora, durante o processo, a existência do filho se mantenha mentalmente presente para o pai (Nasio, 2007). A meu ver, em casos como este, a existência do filho fica inscrita para sempre na mente paterna ou materna, pois se há de convir que um filho não é uma pessoa a quem se conheça de imediato, como ao restante das outras: a um filho se reserva um espaço todo especial na mente e no coração, desde que os pais planejam a sua concepção e, a partir dela, toda a sua existência. Muitos genitores, ao se depararem com a morte de um filho, relatam que em várias ocasiões tinham pensado: “eu planejava como deveria ser o batismo de minha filha, chegava mesmo a imaginar cada uma das festas de aniversário que eu lhe faria, mas nunca fui capaz de conceber como deveria ser seu funeral”. Isto porque basicamente nós, seres humanos, enquanto vivemos deixamos a morte de fora. Para nós nem toda morte nos diz respeito, só se torna real quando acontece conosco, em nossas vidas, e o que mais assusta é que ela aparece sem pedir licença, irrompendo na vida da gente; mas a morte, que não queremos admitir, já estava presente e nos acompanha continuamente. Há muita nostalgia nisso tudo, há uma mistura de sofrimento, amor e proveito. Sofre-se a ausência do que se foi, e se consola oferecendo a dor causada pela sua ausência. Continuar sofrendo é uma tentativa de manter vivo esse filho. O impacto provocado, nas famílias, pela morte de um filho, chega a conseqüências em que há destruição de vínculos do casal, da família, ou, se os cônjuges permanecem juntos, os laços que os unem é de tristeza e saudade do filho. Há bem poucos casos em que uma perda do gênero possa ser superada, necessitando para evitar isso de um trabalho sólido e profundo por parte do casal. Na verdade, um filho é o resultado de uma união, é um símbolo da conjunção de duas pessoas, a prova viva de que um casal se mantém intimamente ligado entre si. Por isso acredito que quando este símbolo deixa de ser vivo, vem à tona um vazio: não só alguma coisa morre dentro de cada um, como também essa morte marca o laço que existe entre os dois. Parece-me que, ainda que eu escrevesse um tratado completo sobre a experiência de se perder um filho, não seria suficiente para chegar a compreender o que vivem esses pais; talvez eu possa me aproximar da sua experiência, entender o que pensam e como os afeta; mas quando falam de sua solidão e de seu vazio, continua incompreensível para mim, porque solidão e vazio são palavras que cobrem precisamente essa falta. E essa ausência continuará a se fazer presente. Na realidade, serve apenas para vislumbrarmos a essência humana e nos tornarmos conscientes de que, muitas vezes, se não estamos dispostos a encarar a morte, é porque o amor causa dor, e só quando se sofre é que se sente medo de perder a pessoa amada.

Celio Murilo

sábado, 5 de abril de 2014

Ser Mãe dói

Ser mãe é a experiência mais forte, transformadora e engrandecedora que uma mulher pode experimentar, mas ser mãe também doi, nos faz sofrer, corta a nossa carne e o nosso coração.
Parece que, como nunca, na maternidade se faz valer aquele ditado “no pain, no gain” e vivemos isso todo santo dia, do nascer até o por do sol e do por do sol até o nascer novamente.Doi quando a gente vê o corpo se transformar, quando sentimos o corpo se dividir em dois para trazer uma nova vida, quando nossos hormônios entram em ebulição. Doi ver a dor da cólica, a dor do dente nascendo, a dor da primeira rejeição. Doi quando não podemos dormir uma noite inteira de sono, quando temos que levantar da cama muitas mais vezes que gostaríamos, quando não descansamos por meses a fio. Doi muito quando eles ficam doentes, quando não sabemos o que eles tem, quando eles se põem a chorar.
Doi não poder mais fazer o que a gente fazia antes, não ter tempo para ir ao cinema, não conseguir nem tomar uma xícara de café. Doi não poder mais chegar em casa e ver TV de pijama atirada no sofá, não poder dormir e acordar a hora que bem entender, não ter mais o direito de ir e vir sem se preocupar com todo uma logística por trás.
Amamentar doi, não amamentar doi mais ainda. Doi quando o filho não come, quando ele insiste em fazer birra, quando ele faz o contrário do que você gostaria.
Doi quando você não sabe se está acertando, não tem certeza se está sendo uma boa mãe, se pergunta se tudo é mesmo tão difícil, tão complicado, tão desafiador.
Doi quando você sente culpa (e você se culpa por quase tudo), quando as pessoas te culpam, quando você se vê julgada. Doi ouvir palpite a todo momento, ouvir críticas à sua forma de criar, ao seu jeito de educar. Doi quando alguém dá algo para seu filho comer sem pedir a sua autorização, quando te desautorizam, quando fazem pouco caso das regras que você considera importantes.
Doi, e doi muito, doi acima de tudo o medo que ser mãe traz. O medo do futuro, o medo da violência, o medo que o seu filho venha a sofrer. Nós, mães, gostaríamos de poder protegê-los para sempre, assim como fazemos quando eles são bebezinhos, mas isso não é possível. Eles são do mundo.
E doi saber que eles são do mundo, porque um dia vão embora, deixam nossas casas e deixam a convivência diária para trás. Doi pensar que um dia os abraços não serão mais tão frequentes, o sorrisos poderão ser só de final de semana e um telefonema poderá ser o que de mais próximo você terá por semanas ou até meses. Doi pensar na saudade, na falta, na ausência. Doi pensar que o mundo os levará para longe sem dó nem piedade e isso faz parte da vida, faz parte da existência, faz parte do seu crescimento e realização.
Doi só de pensar em toda essa dor, de pensar nas coisas que ainda nem passamos, mas doi acima de tudo pensar que poderia se passar pela vida sem ter experimentando toda essa força pulsante que é ser mãe.
Se por um lado doi, e doi muito, doi nas pequenas e nas grandes coisas, por outro, como eu disse lá no início, também enaltece, engrandece, completa. Ser mãe é viver uma montanha russa de experiências e emoções, e se encher e se fartar do maior amor do mundo, mas também saber que ele vem acompanhado de preocupações, de entregas, de perdas e de desafios.0
E longe de mim dizer que toda essa dor não vale a pena. Vale sim. Vale cada suspiro dado, cada lágrima derramada, cada pingo de suor que cai. Vale a dor da carne, da alma e do coração, porque amor de mãe é o sentimento mais forte que alguém pode experimentar e nada substitui essa experiência. Nem de longe.
Imagine o quanto doi devolver um filho?

Texto retirado da internet:
"Macetes de Mãe"