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Bem ti vi

Para você, Letícia, meu Bem-te-vi".
Viste, hoje, o passarinho na janela?
Tão frágil, tão pequeno, tão delicada fera.
Parece procurar-te, de primavera, em primavera. Até pousar cansado, noutra janela.
Ouviste-lhe, acaso, o canto de saudade? Também eu te procuro minha bela.
Encontro-te no meu peito, fiz-te um ninho, aconcheguei-te no meu altar.
É que aquele passarinho na janela lembrou-me o dia que há muito já perdi.
Bem me quiseste, e tanto bem te quis...
Quiseste mais, eu sei, compreendi. Tu frágil, doce, bela...
Lembro-me de ti. Esquecer-te, meu amor, seria como me esquecer de mim.
É que aquele último dia cerrou-te os olhos delicadamente, e entre beijos eu te vi partir...
Voaste!... Voaste firme e decididamente.
De volta para dentro de mim,
E eu... Fiquei aqui, a lembrar-te de ti, a sonhar contigo, esperando o dia em que poderei te ter aqui, em meus braços para abraçar-te, beijar-te, beijar-te, beijar-te..
Te espero até depois do fim.

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Todos os dias ela vive em mim, mas datas invade-me!
Dia 05/04 ela nasceu, eu me permito sentir todas dores, mas acima de tudo "Gratidão"
Dia 15/10 ela foi para o céu, e eu sou revolta, questionamentos, mais ainda sou amor!
Maio mês das mães, das flores, do meu nascimento e nesse mês, ela é ainda mais minha!
Dia 25/12 é natal, dia em que faço meus pedidos, de misericórdia, compreensão e força!

domingo, 17 de fevereiro de 2019

SOBRE CHUVAS E ESPERAS

Sim, querida, quando chove fica mais triste esperar,
o barulho da água parece canção pra saudade,
cai de um jeito que faz barulho na alma,
leva pra lugares onde a espera não tem chegada,
acompanha o relógio, os dias, as noites, sente compaixão,
sim, nosso vocabulário esgotado pra explicar o vazio,
compreender as coisas do coração, 
que não sabe se corre ou desacelera,
o peito, que explode e, dali a pouco, fica miúdo,
o estômago, parece que tem gente andando por lá,
a água da chuva, falando do amor que pede descanso,
esparramado na terra por onde a gente anda,
nós, sozinhos e, ao mesmo tempo, acompanhados,
A chuva falando dos acenos não possíveis na alma...

(Teresa Gouvea)

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